sexta-feira, 23 de maio de 2008

Mais fotos de Interlagos



Painel da F430




Corvette



Lobini H1




Réplica do carro patrocinado pela Petrobras, usado no filme "Speed Racer"



Réplica do Match-5



Não podia faltar uma TV de Plasma, não é mesmo....risos...

Na lona


Erramos -- Diferentemente do publicado no post "De gol em gol" (15 de Maio de 2008), nem São Paulo e nem Santos fazem a semifinal da Libertadores no próximo dia 28, e sim Fluminense e Boca Juniros.

A prática do bom jornalismo ensina ao bom jornalista a reconhecer seu erro. Por isso o parágrafo acima.

Ainda estou nocauteado com a eliminação do Tricolor do Morumbi. "De gol em gol", estávamos com quase os dois pés na semifinal, mas aos 47 minutos do segundo tempo Washington soltou um jab certeiro de direta e nocauteou o rival paulista (foto de Rafael Andrade, da Folha).

Xinguei, esmurrei a mesa e fui para a casa com a cabeça inchada. Mas hoje, analisando friamente, reconheço que era o máximo que o São Paulo podia fazer. Um time muito limitado no meio-campo e que jogava exclusivamente em função de um único jogador: O Imperador.

Nunca vi o São Paulo ter este esquema de jogo. O que a fama de time que “recupera jogador” e contratações infelizes não fazem.

Já o Fluminense, contou com a famosa sorte de time "campeão". Será? O time carioca terá uma para indigesta pela frente na semifinal. O "meia" Boca, como andavam dizendo alguns entendidos pelo fraco futebol apresentado pelo time argentino nas fases anteriores da Libertadores, mostrou que é uma equipe extremamente competente na quarta-feira ao massacrar o Atlas do México na casa do rival.

Na outra semifinal se encontra América do México, time do "gorducho" Cabañas, e a LDU do Equador.

Infelizmente estarei como espectador. Só resta o Brasileiro.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Algumas máquinas



Bugatti




Lamborghini Gallardo




Lotus Elise




Réplica do Renault usado por Fernando Alonso

terça-feira, 20 de maio de 2008

Interlagos, 26 anos depois


Na última sexta-feira realizei um sonho que já durava 26 anos e achava que nunca iria concretizá-lo.

Tudo começou numa manhã de domingo de 1982. Naquele dia, eu estava num campinho que tinha no fim da rua de casa "bronqueado" por ser obrigado a "assistir" a tradicional pelada de domingo por não aceitar ir para o gol.

Já não agüentava mais aquele tédio, mas como sou teimoso e não aceitava jogar naquela posição tão ingrata, continuava de fora do jogo.

Num certo momento, o som dos roncos dos motores de alguns carros que corriam em Interlagos me despertou.

Como eu não arredava o pé da minha teimosia, resolvi procurar uma nova diversão.

Como autódromo fica alguns poucos quilômetros do campinho, lá fui eu dar uma espiada.
Depois de alguns minutos de caminhada cheguei ao autódromo, e como os portões estavam abertos, entrei.

Ainda hoje me recordo da primeira imagem ao entrar em Interlagos. Fiquei fascinado com aquela imensidão de pista e aqueles fusquinhas envenenados correndo. Nas arquibancadas meia-dúzia de gato pingado, pois era um domingo de sol e qualquer moleque da minha idade na época estava num campinho de futebol ou na represa do Guarapiranga se esbaldando.

Era um treino qualquer e por isso não tinha muitos carros, mas o suficiente para ficar abobado. Não era possível enxergar toda a pista, que na época tinha um traçado de 7.823 metros.

Fiquei por mais de duas horas sentado e sozinho na arquibancada. Sai de lá fantasiando situações e dizendo que um dia eu iria correr em Interlagos.

Depois de 26 anos, o meu sonho se realizou. Na sexta-feira fui à abertura do 4Rodas Experience. Um grande evento que reúne exposição de carros, motos, acessórios e teste-drive com carros de diversas montadoras.

Não podia perder esta oportunidade. Depois da palestra obrigatória lá fui eu encarar o "monstro". Peguei o capacete e a balaclava e me dirigi às catracas que davam acesso à pista. Lá, o único carro disponível no momento era um Picanto automático da Kia.

Meu desejo inical era dirigir um dos carros esportivos que estava participando do evento, mas a vontade de realizar o sonho não me permitiu esperar pela próxima bateria, que seria depois de uns 30 minutos.

Já no carro, o monitor deu algumas dicas sobre o modelo a mim "imposto" e depois lá fomos nós para iniciar o teste-drive.

A perna esquerda tremia, o coração estava disparado e o misto de adrenalina e medo tomava conta de todo o meu corpo. A cada curva, uma cena daquele longínquo 1982 e os muitos pilotos que vi correr lá vinha à tona.

Foram duas voltas e meia, mas o suficiente para ter o meu dia de "Senna". Voltei à pista mais duas vezes. Uma delas a bordo de uma Ferrari F450, mas no banco de passageiro. A sensação foi muito boa, mas nada comparada com a primeira.

Ao longo da semana irei postar algumas fotos.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

De gol em gol


O São Paulo deu um importante passo nesta quarta-feira para avançar às semifinais da Taça Libertadores ao derrotar o Fluminense por 1 a 0 no Morumbi. Pouco para alguns, mas o suficiente para dar mais tranqüilidade a equipe e aos torcedores no jogo de volta, na próxima semana no Maracanã.

Ainda não li as manchetes dos cadernos de esporte desta quinta-feira, mas com certeza irão falar da vitória "magra" do tricolor. O placar apertado tem sido a tônica do futebol apresentado pelo São Paulo nesta temporada.

No Campeonato Paulista o maior placar feito pelo tricolor foi de 3 a 1, três vezes --contra o Rio Claro, Sertãozinho, Juventus. As demais vitórias foram conquistas por um gol de diferença.

Já na Libertadores, as vitórias no Morumbi têm sido da mesma forma - 2 no 1 Audax, 1 a 0 no Sportivo Luqueño e 1 a 0 no Atlético Nacional. Nas oitavas o time venceu por 2 a 0 o Nacional.

Eu como um sãopaulino roxo no começo torci o nariz pelo futebol jogado pelo time, mas aos poucos vi que a culpa não era do técnico Muricuy Ramalho, e sim pelo elenco. Desde as saídas de Souza e Leandro, o São Paulo tem usado mais a força do que a técnica no meio-campo. Estes dois jogadores eram dribladores e seguravam mais a bola no campo adversário, dando espaço para maior movimentação dos atacantes.

Com a ausência de um meio-campista mais articulador o tricolor paulista tem usado os cruzamentos quase que certeiros de Jorge Wagner para Adriano e cia.

É um futebol chato para a torcida, mas que tem dado resultado. O Santos que nós aguarde no dia 28 na Vila Belmiro.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Duas formas de encarar uma tragédia

O mês de maio começou de forma trágica na Ásia. Em pouco mais de uma semana a China e Mianmar foram assolados por duas grandes catástrofes que resultaram na morte de cerca de 40 mil pessoas, segundo números oficiais.

Além de expor a falta de estrutura das regiões atingidas, as duas tragédias também mostraram a diferença em que ambos os governos trataram os trabalhos de resgates.

Em Mianmar (ex-Birmânia), onde 34.273 pessoas morreram e outras 27.836 estão desaparecidas após a passagem do ciclone Nargis no último dia 3, o governo mianmarense recusou a ajuda internacional e dificultou o acesso às informações. A ONU estima que mais de 100 mil pessoas morreram na tragédia que devastou a costa sudeste do país.

Já na China, um terremoto de 7,9 graus na escala Richter sacudiu parte do país na segunda-feira e deixou ao menos 15 mil mortos, a maioria na Província de Sichuan, local do epicentro.

Diferente do governo mianmarense, o chinês foi mais transparente ao facilitar as agências internacionais de notícias a terem acesso aos dados. Coisa rara no regime comunista que dirige o país. O número de mortos pode superar os 40 mil, já que 25 mil pessoas estão soterradas sob escombros de prédios, escolas e fábricas que desabaram com o tremor.

terça-feira, 13 de maio de 2008

O aeroporto que virou pasto


Parece mais uma brincadeira o título acima, mas é o que acontece na vida real no Brasil.

Reportagem publicada na edição de segunda-feira do jornal "Panorama", de Juiz de Fora, mostra mais um descaso com o dinheiro público. O Aeroporto Regional da Zona da Mata (foto acima, de Luiz Carlos Duarte), obra que custou cerca de R$ 100 milhões, virou pasto.

Em julho do ano passado, o "Fantástico" já havia denunciado o abandono do aeroporto que fica entre as cidades mineiras de Goianá e Rio Novo.

A região da Zona da Mata possuí cinco aeroportos, mas só o Regional tem capacidade para receber aviões de grande porte. A pista tem 2.515 metros e é bem maior do que as duas do aeroporto de Congonhas --1.640 metros a principal e 1.435 metros a auxiliar.

O terminal foi homologado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em agosto do ano passado, mas até agora só pequenos aviões que utilizam raramente o aeroporto, que é administrado pela Infraero.

Porém, no site da Infraero não consta o nome do Regional na lista dos aeroportos administrados pela estatal em Minas.

A reportagem de Lidiane Souza relata que fazendeiros vizinhos ao aeroporto estão utilizando parte da área restrita para criar bois e vacas. Outra denúncia é que o no terminal não há linhas telefônicas.

Isso é a prova do mal uso do dinheiro do contribuinte, neste caso dos mineiros já que o terminal foi financiado pelo governo do Estado --R$ 77 milhões. As obras foram concluídas em 2005.

Parte deste dinheiro poderia ter sido empregado em melhorias no aeroporto da Serrinha, em Juiz de Fora, que possuí vôos regulares para São Paulo e neste mês deve ganhar vôos para BH, São João Del Rey e Rio. Até meados do ano passado ele era administrado pela Infraero. Hoje quem cuida é a prefeitura.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Massa, Portuguesa e a volta dos Fittipaldis


Felipe Massa fez ontem uma corrida impecável ao vencer o GP da Turquia. Quem também fez bonito foi a Lusa, que voltou à elite do futebol num jogo de 10 gols no Canindé. Mas o que marcou o esporte neste domingo foi a volta de Emerson e Wilsinho Fittipaldi às pistas de Interlagos.

Os irmãos estrearam na GT3, um campeonato de supercarros, dirigindo um Porsche 9 GT3 Cup S (foto). Eles ficaram na modesta 9º colocação, mas sem dúvida serão uma das principais atrações desta nova categoria que reúne nomes como Ingo Hoffman, Walter Salles, Xandy Negrão e, em breve, Nelson Piquet.

Na pista, os modelos mais cobiçados do planeta: Ferrari F430, Aston Martin DBRS9, Lamborghini Gallardo, Porsche 997, Chevrolet Corvette Z06, Dodge Viper Competition Coupé, Ascari ZW1R, Morgan Aero V8, Ford GT e Jaguar XKR.

Em novembro, estas supermáquinas e pilotos voltam a Interlagos na última etapa da categoria. Vale a pena ir.

PS - Queimei minha língua ao falar de Felipe Massa no post "Os passeios de Cruzeiro e Kimi". Com a vitória na Turquia ele entrou na briga pelo título da temporada da F-1, que deve ficar com o brasileiro ou com o finlandês Kimi Raikkonen.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Juiz de Fora, a Pasárgada brasileira


Tenho acompanhado os desdobramentos da Operação Pasárgada da Polícia Federal quase que diariamente. Em especial a situação do prefeito de Juiz de Fora, Alberto Bejani (PDT), que foi preso junto com outros 16 prefeitos acusados de integrarem um esquema de liberação irregular de recursos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

Na ocasião da prisão de Bejani, no dia 9 de abril, os agentes federais apreenderam R$ 1,2 milhão em espécie na residência do prefeito (foto acima de João Schubert/Jornal Panorama).

Nesta semana, o prefeito de Juiz de Fora disse que o dinheiro era resultado da venda de uma fazenda no município vizinho de Ewbank Câmara.

Acompanhando o noticiário local todos os dias tenho notado que a cada declaração dada aos jornais, TVs e rádios da cidade, o prefeito de Juiz de Fora cai em contradição.

Os vereadores abriram uma CPI para investigar as supostas irregularidades cometidas pela administração Bejani. Os trabalhos ainda estão engatinhando, apesar de tudo que sem tem noticiado. Na cidade, um movimento, ainda tímido, pede o impeachment do prefeito, que dificilmente ocorrerá na minha opinião.

Esse será mais um caso que acabará em pizza e ninguém será preso. Mas a população tem a oportunidade nas eleições de outubro de tirar esses políticos que ainda fazem política na base do conchavo e da troca de favores.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

A loucura



Neste feriado tive uma experiência que me fez refletir sobre o privilegio que Deus nos deu de sermos saudáveis e que muitas vezes reclamamos da vida por muito pouco ou por nada.

No sábado fui visitar o Museu da Loucura que fica em Barbacena (MG). Um programa normal, até então, para quem gosta de conhecer cidades e suas histórias.

O museu fica num "torreão" instalado nas dependências do antigo Hospital Colônia (foto acima), hoje Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena e que abriga atualmente o Hospital Regional.

Lá estão expostos documentos, fotografias, objetos e equipamentos usados no tratamento dos mais de 4 mil pacientes com doenças mentais que estiveram internados no antigo Hospital Colônia.

Ao entrar no prédio uma música sombria "martela" o inconsciente do visitante bem no fundo. No primeiro andar estão utensílios, roupas, objetos e algumas fotos de internos. Nada de tão anormal assim.

Mas ao subir a escada de madeira que dá acesso ao segundo pavimento o visitante já sente um clima pesado pairando no ar. O "ranger" dos degraus e a música, que fica mais alta, dão o tom de dor e tristeza que cerca o local.

Nesta ala estão expostos documentos, equipamentos como um eletroconvulsor --usado para dar descargas elétricas de até 120 volts nas têmporas dos doentes mentais--, de raio-X e outros utilizados na prática da psicocirurgia --a lobotomia. A música que impregna todo o museu vem de uma salinha que reproduz um centro-cirúrgico.

Mas o que mais chama a atenção são os painéis com fotos de algumas das dezenas de internos. Alguns passariam despercebidos na rua e outros em completo estado de demência. Todos abandonados e largados por seus familiares. São homens, mulheres e crianças que a sociedade da época queria esconder. Eles eram chamados de “alienados”.

Relatos dizem que no seu "auge", o Hospital Colônia, modelo típico das instituições psiquiátricas do início do século 20, chegou a receber mais de 4 mil pacientes. Estima-se que 60 mil morreram em suas dependências em cerca de 50 anos de funcionamento e que alguns corpos eram vendidos às faculdades de medicina do Estado.

Um poema, que não me recordo a autoria, exposto em uma das salas diz que lá os internos viviam num mundo normal e que fora daquelas paredes estava o paraíso.

Sai de lá com os olhos cheios de lágrimas. Senti-me um idiota por reclamar tanto da vida em algumas ocasiões. Talvez eu não tenha e nunca terei tudo que sempre quis ou desejei, mas tenho o que muitos queriam ter e não podem --saúde, família, emprego e amigos.

Serviço: Museu da Loucura. Rodovia MG-265 Km 5. Barbacena. (0/xx/32)3332-1477. Horário: Segunda a sexta das 8h às 12h e das 13h às 18h.