segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Gafe imperdoável



No começo do mês recebi um release informando sobre a parceria de uma descolada marca de óculos californiana e um customizador de motos durante o São Paulo Moto Festival, evento que aconteceu em Interlagos.

Até aí, nada demais. No e-mail, um texto e uma foto. Como não estávamos cobrindo o evento, deletei a mensagem. Era mais uma entre as mais de 100 que recebo por dia com sugestões de pauta.

Mas horas depois, a assessoria mandou outro e-mail pedindo para desconsiderar a foto enviada anteriormente. De primeira não percebi nada de errado com a foto.

Fiquei curioso e fui à lixeira resgatar o primeiro e-mail. Como num jogo dos Sete Erros, comecei a procurar o que estava diferente em relação à segunda foto.

O "erro" estava estampado no tanque de uma Harley que seria customizada -a suástica e símbolo da polícia nazista de Adolf Hitler, SS.

Um erro grave para uma assessoria de imprensa, já que colocou o cliente em uma saia-justa.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Tem eleição em São Paulo?

Senão fosse a propaganda gratuita no Rádio e na TV diria que não há eleição para prefeito na maior cidade do país. Nenhum cartaz, faixa ou muro pintando como nas eleições anteriores. Tudo isso graças a uma lei.

Fui um dos críticos ferrenhos da lei "Cidade Limpa", imposta pelo prefeito Gilberto Kassab em São Paulo. Dizia que a cidade ficaria feia sem os luminosos, que perderia o brilho... Ainda tenho algumas restrições, mas reconheço os benefícios que ela trouxe a longo prazo.

Estive em Juiz de Fora no último fim de semana e o que eu vi foram banners, outdoors, faixas e muros pitados em cada esquina da cidade. Uma agressão aos olhos e, principalmente, à cidade.

O taxista não acreditou quando disse que aqui em São Paulo não tem nenhum cartaz ou muro pintado. "Ah! O sr. está brincando!", disse incrédulo. "Essa lei deveria ser aplicada em todo o país", completou.

É, essa lei deveria valer para todo o país. Faço coro...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Rua Bertioga, 50



Na semana passada recebi uma notícia que partiu meu coração, e creio que de tantos outros amigos. Soube que o casarão 50 da rua Bertioga, na Praça da Árvore, não existe mais. Demorei a digerir o fato. E pela dedicação total das minhas horas livres a um curso on-line, não tive tempo de postar no blog.

O casarão em referência foi por muitos anos a sede da Banda Marcial do Colégio Bilac. Foi lá que eu, e muitos outros, passaram boa parte da sua juventude. Foram quase dez anos para ser exato.

Ainda não sei ao certo o que será construído no local, mas com certeza abrigará um prédio residencial.

Era uma morte anunciada há anos.

Meu último encontro com aquela construção dos anos 40 ou 50 foi na noite do dia 24 de julho deste ano. Foram alguns breves segundos, onde apresentei o casarão à minha futura mulher e filho.

Deixando o Shopping Plaza Sul e seguindo para a rodoviária do Tietê, resolvi passar pela rua Bertioga e mostrar o palco de inúmeras histórias da minha juventude para eles.

Por ironia do destino foi de uma forma nada nobre.

Quando estávamos em um concurso ao qual tinha muitas fanfarras dizíamos que elas deveriam passar pelo palanque de ônibus e com os vidros fechados.

O meu último encontro foi dessa forma.

Derrubaram-se as paredes, mas as histórias e as amizades que lá fiz jamais serão demolidas.

PS - publicarei uma foto do casarão posteriormente. Na imagem acima, desfile da Semana na Pátria, na Vila Mariana.