quarta-feira, 14 de maio de 2008

Duas formas de encarar uma tragédia

O mês de maio começou de forma trágica na Ásia. Em pouco mais de uma semana a China e Mianmar foram assolados por duas grandes catástrofes que resultaram na morte de cerca de 40 mil pessoas, segundo números oficiais.

Além de expor a falta de estrutura das regiões atingidas, as duas tragédias também mostraram a diferença em que ambos os governos trataram os trabalhos de resgates.

Em Mianmar (ex-Birmânia), onde 34.273 pessoas morreram e outras 27.836 estão desaparecidas após a passagem do ciclone Nargis no último dia 3, o governo mianmarense recusou a ajuda internacional e dificultou o acesso às informações. A ONU estima que mais de 100 mil pessoas morreram na tragédia que devastou a costa sudeste do país.

Já na China, um terremoto de 7,9 graus na escala Richter sacudiu parte do país na segunda-feira e deixou ao menos 15 mil mortos, a maioria na Província de Sichuan, local do epicentro.

Diferente do governo mianmarense, o chinês foi mais transparente ao facilitar as agências internacionais de notícias a terem acesso aos dados. Coisa rara no regime comunista que dirige o país. O número de mortos pode superar os 40 mil, já que 25 mil pessoas estão soterradas sob escombros de prédios, escolas e fábricas que desabaram com o tremor.

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