terça-feira, 13 de maio de 2008
O aeroporto que virou pasto
Parece mais uma brincadeira o título acima, mas é o que acontece na vida real no Brasil.
Reportagem publicada na edição de segunda-feira do jornal "Panorama", de Juiz de Fora, mostra mais um descaso com o dinheiro público. O Aeroporto Regional da Zona da Mata (foto acima, de Luiz Carlos Duarte), obra que custou cerca de R$ 100 milhões, virou pasto.
Em julho do ano passado, o "Fantástico" já havia denunciado o abandono do aeroporto que fica entre as cidades mineiras de Goianá e Rio Novo.
A região da Zona da Mata possuí cinco aeroportos, mas só o Regional tem capacidade para receber aviões de grande porte. A pista tem 2.515 metros e é bem maior do que as duas do aeroporto de Congonhas --1.640 metros a principal e 1.435 metros a auxiliar.
O terminal foi homologado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em agosto do ano passado, mas até agora só pequenos aviões que utilizam raramente o aeroporto, que é administrado pela Infraero.
Porém, no site da Infraero não consta o nome do Regional na lista dos aeroportos administrados pela estatal em Minas.
A reportagem de Lidiane Souza relata que fazendeiros vizinhos ao aeroporto estão utilizando parte da área restrita para criar bois e vacas. Outra denúncia é que o no terminal não há linhas telefônicas.
Isso é a prova do mal uso do dinheiro do contribuinte, neste caso dos mineiros já que o terminal foi financiado pelo governo do Estado --R$ 77 milhões. As obras foram concluídas em 2005.
Parte deste dinheiro poderia ter sido empregado em melhorias no aeroporto da Serrinha, em Juiz de Fora, que possuí vôos regulares para São Paulo e neste mês deve ganhar vôos para BH, São João Del Rey e Rio. Até meados do ano passado ele era administrado pela Infraero. Hoje quem cuida é a prefeitura.
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