Na manhã do próximo domingo a Polícia Civil de São Paulo vai realizar a reconstituição da morte da menina Isabella Nardoni. O que iremos assistir será mais um "megaespetáculo" de sordidez. Para os programas de TVs sensacionalistas será um prato cheio, com direito a transmissão ao vivo.
Desde a morte de Isabella, Band e Record travam "duelos" para ver quem dá mais furos (informações exclusivas na linguagem jornalística). Vale tudo. Boatos se transformam em notícias. Suposições em afirmações oficiais. Especialistas promovem "bate-boca” ao vivo. Tudo em nome da audiência.
Todas as provas obtidas pela polícia até agora apontam o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá como autores deste crime bárbaro. O que não dá o direito a estes programas de quererem antecipar a Justiça e condená-los antes de serem julgados.
A polícia tem uma parcela de culpa neste pré-julgamento. Muitas foram as informações plantadas na imprensa. Mas o que não se pode aceitar é transformar a reconstituição num show.
Se a reconstituição fosse realizada no horário em que supostamente o crime teria ocorrido, por volta das 23h49 do dia 29 de março, evitaria todo esse burburinho. Mas não, a polícia quer mídia. Quer manchetes, quer todos os holofotes virados para ela.
Acompanharei a reconstituição por obrigação profissional, caso contrário estaria bem longe das TVs.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
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