segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

No olho do arrastão

A viagem ao Rio foi longa e cansativa. Durou quase oito horas. Simplesmente três horas a mais do que o normal. Isso porque resolvi sair um pouco mais tarde para evitar trânsito.

Este é o preço que se paga para viajar no Carnaval. Mas o pior ainda estava por vir.

Já na chegado ao Rio o trânsito parou. Até aí, nenhuma novidade. Já que foram várias vezes que isto aconteceu durante a viagem. Só que desta vez não era excesso de veículos ou alguma obra na pista, e sim um arrastão que fechou a Via Dutra.

Sim, um arrastão. Daqueles que vimos pela TV com carros fugindo pela contramão e o povo desesperado. Fui tudo muito rápido.

Vi alguns passageiros de um ônibus à frente gritarem e gesticularem pedindo para os motoristas que estavam logo atrás darem ré. Não pensei duas vezes. Manobrei e voltei na contramão.

Na hora bateu um misto de medo, adrenalina e vontade de parar o carro e fazer fotos.

Mas o lado racional e os pedidos da minha mãe de sair logo dali falaram mais alto e fiz o mesmo que dezenas de outros motoristas fizeram. Continuaram seguindo na contramão.

Com a chegada da polícia pude parar e ligar para o jornal para avisar o que estava acontecendo. Por sorte a ação da polícia foi rápida e apenas dois carros foram "saqueados".

Nos últimos anos passei a ir ao Rio com mais freqüência por conta de estar em Juiz de Fora. Só que nunca havia passado por esta situação.

Ainda bem que no carro, além de mim, estava a minha mãe. A primeira coisa que me veio à cabeça depois de tudo voltar ao normal foi: sorte que as viagens anteriores foram tranqüilas. Sempre tive medo que algo deste tipo ocorresse por estar com o Jullian no carro.

Espero nunca mais passar por esta situação. Meu breve relato foi parar na manchete da Folha Online na tarde de sábado.

Estes foram os dois pequenos imprevistos que tive até agora. Espero que sejam os últimos.

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