sábado, 10 de janeiro de 2009

Em nome do amor

Esta semana mais um crime passional tomou conta do noticiário nacional. O assassinato da jovem Marina Sanchez Garnero, 23, na última quarta-feira é mais um que entra para as estatísticas.

É mais um crime em que o ciúmes e o amor doentio são protagonistas principais dessa história

No caso de Marina, o crime poderia ter sido evitado se a polícia não tivesse feito vistas grossas.

Ele procurou a polícia ao menos quatro vezes para dizer que o ex-namorado, o motoboy Marcelo Travitzki Barbosa, 29, a ameaçava.

Todas as denúncias foram em vão.

O ex-namorado era condenado por roubo e cumpria a pena em regime de semiliberdade (tendo que voltar para a cadeia à noite).

O editorial do jornal "Agora" deste sábado resume muito bem o caso.

Reproduzo ele abaixo:

Mais um crime passional

São Paulo assistiu essa semana a mais um crime bárbaro. Um rapaz que já havia sido condenado a mais de sete anos de prisão em 2006, por roubo, foi preso sob a suspeita de ter assassinado friamente sua ex-namorada, recepcionista de uma academia, com quatro tiros.

Crimes passionais infelizmente não são raros, mas esse caso se cerca de detalhes preocupantes. A garota já havia registrado quatro queixas por ameaças e agressões cometidas pelo rapaz -a última em novembro.

Além disso, o rapaz estava em liberdade condicional porque, na visão da Justiça, havia tido bom comportamento quando preso. Segundo a polícia, em crimes de ameaça e de pequeno potencial ofensivo, juízes não determinam a prisão temporária.

Os últimos casos públicos -como a de uma menina feita refém e assassinada em Santo André- pedem reflexão sobre os procedimentos da Justiça, da polícia e de como há certa liberalidade com alguns crimes, como ameaças.

A garantia de direito às mulheres teve um enorme impulso com a criação das delegacias especializadas de proteção à mulher. Esse é um exemplo de como o Estado pode agir com eficiência.

É certo que os índices de criminalidade são alarmantes e exigem prioridades. Criar leis mais rígidas também pode não ser a solução -especialmente em momento de comoção pública. Mas o maior estímulo ao crime é a segurança da impunidade -e ela precisa ser combatida.

2 comentários:

Ericka Melo disse...

O que eu achei mais bonito em tdo foi a polícia dizendo numa reportagem com cara de dever cumprido "Agora ele está preso!!!"...Pooooooooo... p-a-r-a-b-e-n-s puliça!!! Te dedico!!! Quer que mande flores pra vcs??? Depois que a mulher tá morta precisava mais não... enfim... se esse tipo de relação é considerado amor... eu só posso dizer uma coisa... irei me declarar... eu amo a puliça!

Márcio Diniz disse...

Puliça é igual em todo o lugar. Só muda a cor da farda.