sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Hamilton e Interlagos, mais uma vez

Pela quarta vez na história da F-1 um título da temporada será decidido no Brasil. A vantagem é do inglês Lewis Hamilton (McLaren), que está sete pontos a frente do brasileiro Felipe Massa (Ferrari).

Hamilton não tem boas lembranças de Interlagos. No ano passado o inglês chegou ao GP do Brasil com sete pontos de vantagem sobre o espanhol Fernando Alonso, seu companheiro de McLaren. Mas quem acabou ficando com o título foi o finlandês Kimi Raikkonen (Ferrari).

Massa terá uma parada difícil no domingo. Precisa vencer e torcer para Hamilton não chegar em quinto para ficar com o título.

Será uma corrida emocionante até mesmo para quem não é fã de automobilismo.

Hoje São Paulo amanheceu vermelha. Em cada esquina ou cruzamento nos arredores do autódromo vendedores ambulantes carregavam bonés e bandeiras da Ferrari e do Brasil.

A cidade está lotada de turistas aficionados por F-1 e carros, pois por coincidência começou ontem o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo.

Um fim de semana perfeito para quem é fã do automobilismo.

Meu palpite? Massa na cabeça!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Jornalistas e urubus



Esta semana fui às coletivas das montadoras que estão no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo. Uma maratona sem fim e quilômetros percorridos para conferir os lançamentos de mais de 40 marcas.

Quem for ao Anhembi verá Ferraris, Lamborghinis, Mercedes, Lotus, entre outros bólidos que povoam o imaginário dos amantes de carros.

Ah! E mulheres também. Muitas, mas que não são para o seu bico (fotos).

Mas o que mais me chamou a atenção nestes três dias de Salão não foram os carros e nem as mulheres, e sim o comportamento de alguns jornalistas.

A disputa para conseguir um press kit distribuído ao final das entrevistas coletivas eram cenas dignas de urubus ávidos por carniça.

Além dos releases com os dados dos lançamentos, os press kits vêm com alguns brindes. Em sua maioria um pen ou card-drive.

O absurdo maior ocorreu na coletiva da Volvo. Os ditos jornalistas não esperaram nem a estrela da montadora no Salão ser exibido --o XC60-- e saíram "voando" para conseguir um simples pen-drive.

Fui conversar com os assessores de imprensa das montadoras e a frase que mais ouvi foi: falta de profissionalismo.

Falta de profissionalismo é pouco. Senti-me envergonhado por fazer parte dessa classe.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ressaca eleitoral

Os petistas acordaram nesta segunda-feira com uma baita dor de cabeça pela lavada que levaram das urnas em São Paulo ontem. Gilberto Kassab obteve mais de 60% dos votos válidos.

Na votação desde domingo ficou evidente a estagnação política de Marta Suplicy. Na comparação com a disputa com José Serra, em 2004, ela viu seu eleitorado ser reduzido em mais de 287 mil votos.

Em 2004, Marta obteve 2.740.152 de votos, contra os 2.452.527 da votação de ontem. A petista derrotou Kassab nos extremos da cidade, mas não conseguiu atrair os eleitores das outras regiões no segundo turno. Ela teve 364.198 votos a mais do que no primeiro turno. Já seu rival recebeu 1.650.135 de novos votos.

Talvez seja a resposta dos eleitores pela baixaria apresentada no horário eleitoral do PT e ao "relaxa e goza" que Marta, então ministra do Turismo, soltou no meio do caos aéreo no fim de 2006.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Andrea Doria

Alguns acontecimentos fizeram-me ficar mais introspectivo e reflexivo nestes últimos dias. Sempre que me encontro nesta situação, procuro uma trilha sonora para tentar "ilustrar" o momento.

Para isso, sempre vou ao fundo do "baú", neste caso a internet, buscar algumas músicas para compor a trilha sonora.

Em uma dessas buscas acabei chegando em "Andrea Doria". Música que faz parte do segundo álbum da Legião Urbana. Não sei por que, mas é a minha preferida.

Havia muito tempo que não ouvia esta música. Sou assim. Ouço até enjoar e esqueço. Depois de um tempo, assim do nada, ela me vem à cabeça.

Fui pesquisar para descobrir o que Renato Russo quer dizer na letra.

No livro "Letra, Música e Outras Conversas", de Evandro Geraldo Leoni, Renato diz que "Andrea Doria" é um diálogo entre ele e uma menina alegre, sonhadora e cheia de planos, mas que perdeu toda a virilidade da juventude.

Sempre imaginei esta resposta por conta de alguns trechos da letra como: "Às vezes parecia que de tanto acreditar em tudo que achávamos tão certo/Teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais".

A letra é muito bonita, um pouco melancólica é verdade.

Andrea Doria é também o nome de um navio italiano que naufragou em 1956 após ser atingido por outra embarcação, à sueca Stockholm. O primeiro transportava 1.705 pessoas, e o segundo 747. Morreram no acidente 51 pessoas.

"Andrea Doria"
Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Marcelo Bonfá

Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...

Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...

Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir...

Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada...

Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...

Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço...

Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei...

Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Ciúme

Ciúme, na definição do Houaiss:

Acepções
substantivo masculino
1 - estado emocional complexo que envolve um sentimento penoso provocado em relação a uma pessoa de que se pretende o amor exclusivo; receio de que o ente amado dedique seu afeto a outrem; zelo (mais us. no pl.)
2 - medo de perder alguma coisa


na definição do Michaelis

ciúme
ci.ú.me
sm (lat vulg *zelumen)
1 - Inquietação mental causada por suspeita ou receio de rivalidade no amor ou em outra aspiração.
2 Vigilância ansiosa ou suspeitosa nascida dessa inquietação.


Nestes últimos dias esta pequena palavra tem estado em evidência por conta do caso Elóa. A jovem de 15 anos mantida refém pelo ex-namorado por mais de 100 horas em Santo André (SP) e que morreu no fim de semana em decorrência do tiro que levou.

O caso caiu como um prato cheio para as TVs, rádios, jornais e revistas. Ouviram psiquiatras para tentar explicar com funciona a mente de uma pessoa como Lindemberg Fernandes Alves. Um jovem de 22 anos.

Assim como o amor o ciúme mostra suas garras quando menos esperamos.

Como é bom amar e ser amado. A paixão torna a vida mais alegre. As coisas parecem ter mais sentido. Os problemas tornam-se pequenos diante de um grande amor. Mas quando entra o ciúme...

A palavra é pequena, mas seus efeitos são devastadores em um relacionamento seja ele qual for.

Em alguns casos, ele não passa de uma ação momentânea. Em outros, levam ao que assistimos pela TV na última semana.

Quase todos nós já passamos pelo fim de um grande amor e sentimos na pele seus efeitos. Não é fácil aceitar o fim. Muitos porquês surgem!

A pessoa amada toma conta dos pensamentos e parece que a vida naquele momento se resume única e exclusivamente a ela. O vazio se alastra como um câncer e corrói todo o peito. A cada tentativa frustrada parece que o chão sobre os pés some.

Se já é difícil para uma pessoa adulta e estruturada suportar tudo isso, quem dirá para um adolescente. Que em muitos casos vive o primeiro amor da vida.

O ser humano é uma máquina complexa e que tem reações inesperadas. A medicina tem explicações lógicas, mas as ações nem sempre são lógicas.

O ciúme é como um câncer. No começo achamos que é implicação da outra pessoa, mas quando ele atinge seu auge... Sai de baixo.

Mas por mais dolorido que seja a separação ou o fim de um clico, nada justifica tirar a vida da outra pessoa.

domingo, 12 de outubro de 2008

O desespero de Marta

Marta Suplicy entrou em desespero. No primeiro dia da propaganda do segundo turno no rádio e na TV, a candidata petista resolveu atacar Gilberto Kassab e a questionar a vida pessoal do democrata.

Uma das peças de sua campanha veiculadas neste domingo questiona se Kassab é casado e se tem filhos.

Logo Marta, que sempre lutou contra o preconceito.

A atitude da campanha petista é de grande mau gosto e que pode lhe custar alguns milhares de votos.

Isto se chama desespero. E, em partes, pode-se até entender o porquê. Afinal pesquisas apontam que Kassab tem 17% de vantagem sobre Marta e os índices de aprovação à sua gestão passam dos 50%.

Marta está indo por um caminho perigoso que pode custar muito caro no final.

sábado, 11 de outubro de 2008

A crise chegou

Ao contrário do que pregava o presidente Lula em seus discursos em meados de setembro, a crise financeira chegou ao Brasil e já provoca efeitos na economia do país. Em um mês, o dólar passou de R$ 1,788 para R$ 2,316. Só na semana passada, a Bovespa acumulou perdas de 20%. No ano, o total chega a 44,3% no ano.

O crédito para o consumidor já não é mais tão abundante assim. Os longos prazos nos financiamentos de veículos novos e seminovos já não passam dos 36 meses. Muitos estão exigindo 20% de entrada.

A GM e a FIAT anunciaram férias coletivas e a interrupção na produção de veículos.

Em breve os efeitos da crise chegarão aos bolsos da classe média brasileira. Será que os índices de aprovação ao governo Lula continuaram em alta?

É preciso que o governo tome medidas para a crise não quebrar bancos e financeiras, que deram créditos a torto e a direito pensando exclusivamente nos lucros obtidos com as elevadas taxas de juros.

Ou será que Lula vai continuar apostando que o Brasil está imune à crise?

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Fique de olho

A edição desta semana da "Veja São Paulo" trouxe um importante instrumento para quem vai às urnas no próximo domingo escolher os próximos representantes na Câmara Municipal.

A revista avaliou o trabalho de 52 candidatos à reeleição. E como já era de se esperar, a maioria teve um desempenho medíocre.

Entre os sete piores, três são do DEM e dois do PSDB --partidos "aliados" que travam uma batalha à Prefeitura de São Paulo

Os piores pela avaliação da revista são: Roberto Triplo (PV), Milton Leite (DEM), Dalton Silvano (PSDB), Ushitaro Kamia (DEM), Atílio Francisco (PRB), Carlos Apolinário (DEM) e José Rolim (PSDB). Todos tiveram notas abaixo de 5.

Os melhores avaliados foram: Netinho (PSDB) e Paulo Frange (PTB) --ambos obtiveram 9,1 e 8,5 respectivamente.

Vale a pena dar uma conferida.